terça-feira, 13 de setembro de 2011

Paraolimpiadas

BRASIL É DESTAQUE EM LONDRES

A menos de um ano para os Jogos Paraolímpicos de 2012, Londres recebeu, na última semana, representantes e chefes de missão de 108 Comitês Paraolímpicos Nacionais (NPCs) para o acerto de detalhes importantes para a realização da maior competição para atletas com deficiência do planeta. O encontro teve início com um workshop para os chefes de missão, onde apenas quatro países se apresentaram: Brasil, Canadá, Austrália e Alemanha.

“Fomos convidados para falar sobre como criar uma estratégia, com objetivo de longo prazo, para conquistar bons resultados nos Jogos Paraolímpicos. O Brasil fez um bom trabalho e os países querem aprender o que temos a ensinar. Isso mostra que o Brasil está entre os países de ponta e é referência no esporte paraolímpico internacional”, afirmou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, que fez a apresentação sobre o salto da Seleção Brasileira no quadro de medalhas das Paraolimpíadas – 24º em Sydney 2000, 14º em Atenas 2004, 9° em Pequim 2008 – e o objetivo ousado de ficar entre os sete melhores em Londres 2012.

Após o workshop, organizado pela Academia Paraolímpica Internacional, que faz parte do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), os chefes de missão participaram de um seminário para atualizações e apresentação de informações valiosas sobre várias áreas ligadas à realização das Paraolimpíadas como classificação funcional, credenciamento, alojamento, uniformes, vila paraolímpica, transporte e alimentação.

“A partir de agora começa o grande trabalho. Tivemos várias reuniões individuais com membros no IPC e do Comitê Organizador dos Jogos (Locog), escolhemos os nossos apartamentos na vila. Tudo para garantir o conforto dos atletas e boas condições para a participação deles nas competições”, disse o chefe de missão do Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Londres, Edilson Rocha Tubiba.

Além disso, a comitiva brasileira pôde visitar as vilas paraolímpicas (remo e vela ficarão em vila à parte) e todos os locais onde acontecerão as provas.

“Ficamos impressionados com o modelo que eles estão utilizando. É racional, mas muito eficiente e bastante diferente do conceito adotado por Pequim. Os ingleses têm uma preocupação grande em não superdimensionar os Jogos, em garantir a sustentabilidade, além da prestação de serviço aos NPCs e atletas. Estamos muito satisfeitos com o andamento. Voltamos com expectativas muito boas para o Brasil”, ressaltou Tubiba.

A quinta-feira, 8, foi marcada pelas comemorações do Dia Internacional Paraolímpico. Representando o povo brasileiro, o nadador medalhista paraolímpico e recordista mundial Daniel Dias participou das celebrações na Trafalgar Square.

“O conceito do Dia Internacional Paraolímpico foi interessante. Londres organizou um dia inteiro de apresentações e ações, na praça que é o coração de Londres. O evento contou com alguns dos maiores nomes do paradesporto mundial e com a presença, inclusive, do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Além disso, o evento foi importante porque permitiu que a população interagisse com o esporte paraolímpico. Os principais jornais do Reino Unido deram as comemorações na capa. Isso cria uma identidade importante e levamos isso para o Brasil”, frisou Parsons.

O presidente do CPB, e membro executivo do IPC, foi escolhido para receber o convite oficial dos Jogos pelo Continente Americano.

“É a reta final da nossa preparação para todo este ciclo que nos leva a 2012. Dá um certo frio na barriga, mas temos certeza que o Brasil está em excelente campanha e conseguirá os melhores resultados nos Jogos de Londres”, finalizou Parsons.

As Paraolimpíadas de Londres 2012 acontecerão entre os dias 29 agosto e 9 setembro, e devem reunir mais de 4.000 atletas de 150 países, em 20 modalidades (atletismo, tiro com arco, tiro esportivo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, hipismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, halterofilismo, remo, vela, natação,tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, vôlei sentado, rugby e esgrima em cadeira de rodas).

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