sábado, 19 de novembro de 2011

Parapan

ATLETISMO BRASILEIRO ENCERRA PARTICIPAÇÃO COM RECORDE MUNDIAL

O atletismo brasileiro encerrou sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, esta sexta-feira, com o primeiro lugar na modalidade, dando show nas provas de pista e campo. Ao todo foram 60 medalhas, sendo 27 de ouro, 23 de prata e 10 de bronze. Mesmo faltando a maratona para cadeirantes, a ser disputada no domingo sem presença de brasileiros, o país garantiu o primeiro lugar ao abrir vantagem de dois ouros em relação aos Estados Unidos, o segundo colocado com 56 medalhas no total.

Os brasileiros conquistaram seis ouros, sete pratas e dois bronzes, com destaque para os atletas cegos. Daniel Silva, da classe T11 estabeleceu novo recorde mundial na prova dos 400m, classe T11, com o tempo de 49s82. “É uma felicidade enorme”, comemorou Daniel. “Fiquei feliz com a medalha, e mais ainda com o recorde. Guadalajara vai ficar no meu coração para sempre. Agradeço ao meu guia, pois o atleta cego não é nada sem o guia. Meu técnico confiou no meu potencial, e disse que eu era capaz de bater esse recorde aqui”.

Para o coordenador técnico da modalidade, Ciro Winckler o resultado geral evidencia a força do atletismo brasileiro e mostra frutos do trabalho que tem sido feito no país. “Estamos dentro da meta, ganhamos medalhas em todas as classes que disputamos. Temos muita força com os atletas cegos, amputados, paralisados cerebrais. Também ganhamos medalhas com cadeirantes e atletas com próteses. Encerramos a participação como campeões da modalidade, antes mesmo do término das disputas, e isso é muito bom”, destacou Ciro.

Outro atleta que se destacou foi Odair Santos, que levou ouro na prova de 5000m, classe T11. O fundista abriu uma distância de mais de 120m sobre seus adversários, vencendo com o tempo de 16m06s26. “Posso dizer que esse foi um dos melhores anos da minha vida. Venci todas as provas no campeonato mundial, conquistei dois recordes, casei e ainda descobri que serei pai”, disse o paulista de 30 anos, que ganhou seu oitavo ouro em Parapans. “Fechar o ano com duas medalhas de ouro no Parapan-Americano é maravilhoso. Estou muito feliz”, comemorou.

Terezinha Guilhermina correu os 200m e levou a terceira medalha dourada para casa. Quem também sobressaiu foi o corredor Francisco Daniel, de Pernambuco, que bateu o recorde das Américas na prova de 1500m T37, com o tempo de 4m51s47.

Nos 400m, classe T11, vencida por Daniel Silva, o velocista Lucas Prado, detentor dos recordes mundiais dos 100m e 200m, sentiu-se mal na reta final e caiu na linha de chegada, sendo desclassificado. Segundo a organização, o guia cruzou a linha de chegada antes do atleta, o que é proibido pelas regras da competição.

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