sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Parapan

FOMINHA DE OURO, DANIEL DIAS PODE CHEGAR A 11 MEDALHAS

O primeiro Parapan-Americano de Daniel Dias, há quatro anos, no Rio, foi arrasador: o nadador conquistou nada menos que oito ouros. A marca pode ser batida neste sexto dia de competição dos Jogos de Guadalajara. Ele já ganhou sete provas no México, e tem tudo para vencer os 100m livre S5 (S3) e os 50m costas S5 (S2-S3-S4), a partir das 16h (20h de Brasília).

E não vai parar por aí. No sábado, último dia da natação, Daniel é favorito para mais dois ouros, nos 200m livre S5 (S2-S3-S4) e no revezamento 4x100m medley até 34 pontos (quando a soma da classe dos atletas não pode ultrapassar 34), ao lado de Andre Brasil, Matheus Henrique da Silva e Phelipe Rodrigues.

As atenções nesta quinta-feira também estão voltadas para as meninas. Uma das apostas do Brasil para Londres 2012, Edênia Garcia, de 24 anos, é favorita na prova dos 50m costas S5 (S2-S3-S4). Assim como Andre Brasil e Daniel Dias, Edênia, que tem uma doença degenerativa, é um dos 15 integrantes do Projeto Ouro do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), que dá suporte ao treinamento de atletas de ponta visando bons resultados nas Paraolimpíadas.

Apesar de ser da classe S4, Edênia disputa suas quatro provas com nadadores S5, a exemplo do que aconteceu no Parapan do Rio, em 2007. “Não há atletas suficientes na minha classe, então tenho que nadar com pessoas da S5, o que prejudica meu resultado. Ainda assim, nos 50m costas tenho grande chance de vencer”, diz ela, que ganhou quatro medalhas de ouro em 2003, em Mar Del Plata, e duas de ouro e duas de bronze no Rio.

Joana Silva, também de 24 anos, já ganhou duas medalhas de ouro neste seu primeiro Parapan, com direito a recordes da competição nos 50m borboleta e 50m livre. Esta sexta-feira, ela é novamente favorita, agora nos 100m livre S5 (S4). Além de Joana e Edênia, a estreante Camille Rodrigues, de 19 anos, já conquistou uma prata e um bronze e tem tudo para subir novamente ao pódio na prova dos 100m costas S9 (S7-S8).

Os atletas brasileiros estão no México com recursos do SICONV – Sistema de Convênios do Ministério do Esporte (www.convenios.gov.br), que centraliza as informações em uma única base e permite que todos os órgãos envolvidos – CPB, Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ministério do Esporte, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União – tenham acesso aos dados. Assim, o processo oferece transparência na troca de informações entre as instituições e facilita o trâmite, desde a análise inicial do projeto até a prestação de contas final.

O CPB recebeu R$ 6.343.497,00 por meio de convênio com o Ministério do Esporte para serem aplicados em projetos para as Seleções Brasileiras permanentes de paranatação, hipismo adaptado, para-atletismo, tiro paradesportivo, futebol de 5 e judô para cegos. Além do projeto exclusivo para os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011, cujos resultados aparecem no quadro geral de medalhas da competição.

CLASSIFICAÇÃO DA NATAÇÃO
As classes sempre começam com a letra S (swimming, natação em inglês) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).

• S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras
• S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual
• S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência intelectual

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